O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pode se tornar o próximo alvo de sanções, dos Estados Unidos, caso continue barrando a tramitação dos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Fontes diplomáticas ouvidas por interlocutores ligados ao Congresso Nacional revelam que o nome de Alcolumbre já começa a circular em discussões sobre aplicação da Lei Magnitsky Global, mecanismo legal adotado pelos EUA para punir autoridades envolvidas em graves violações de direitos humanos e atos de corrupção sistêmica.
Alcolumbre tem sido acusado de agir como um “muro de contenção” entre o Senado e os pedidos de impeachment contra Ministros do STF. Atualmente, Alexandre de Moraes é alvo de 29 pedidos de impeachment formalmente protocolados no Senado Federal, o que representa cerca de 41% de todas as petições em tramitação contra ministros do STF. Nenhum foi lido. Nenhum tramitou. O Senado, sob o comando de Alcolumbre, assiste calado à destruição das garantias constitucionais.
Com a ofensiva internacional em curso, pautar o impeachment de Alexandre de Moraes deixou de ser uma escolha política — e passou a ser uma obrigação institucional. A omissão do Senado poderá comprometer ainda mais as relações diplomáticas do Brasil com os EUA e manchar de forma irreversível a imagem da democracia brasileira no exterior.
A pressão agora é insustentável. Davi Alcolumbre tem a responsabilidade histórica de romper o ciclo de submissão ao STF. Caso contrário, será lembrado como o presidente do Senado que optou pela omissão — e acabou no banco dos réus da história.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageraltv
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