Lula autorizou uma nova licitação de R$ 98,3 milhões para contratar três agências de comunicação digital com o objetivo de reforçar a presença do Palácio do Planalto nas redes sociais. A verba milionária será usada para planejamento, criação de conteúdo, gestão de comunidades, monitoramento e impulsionamento em plataformas como Instagram, TikTok, YouTube, Facebook, LinkedIn, Pinterest e Kwai.
A pergunta que ecoa é inevitável: será que gastar quase R$ 100 milhões em redes sociais é a prioridade de um país com hospitais sucateados, escolas em colapso e uma população esmagada pelo desemprego e pela fome?
Enquanto milhões de brasileiros enfrentam filas para atendimento médico, impostos cada vez mais altos e salários achatados, o governo opta por investir cifras astronômicas em “curtidas” e “engajamento”. É o marketing político no seu auge, transformando o Palácio do Planalto em uma máquina de propaganda digital para melhorar a imagem de um governo que deveria, antes de tudo, entregar resultados concretos à sociedade ao invés de impostos sobre impostos.
Essa decisão revela não apenas uma preocupação exagerada com a guerra de narrativas, mas também uma perigosa inversão de prioridades. Ao invés de fortalecer serviços essenciais, o Planalto quer garantir milhões de visualizações no TikTok. Será que um vídeo bem editado vale mais do que uma vaga em uma UTI ou um investimento em segurança pública?
Com esse edital milionário, Lula dá um recado claro: a batalha não é pela qualidade de vida do povo, mas pela disputa de likes.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageraltv
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