Pela primeira vez na história, o Brasil instala generais permanentes em solo chinês. A decisão do governo Lula representa mais que uma jogada diplomática: ela pode selar uma mudança de rumo que coloca o país em confronto direto com os EUA — e nas mãos de um regime autoritário.
Foi em silêncio, quase despercebido, que o governo Lula assinou um decreto histórico: pela primeira vez, dois generais brasileiros — um da Marinha e outro do Exército — foram enviados para viver permanentemente na China, como representantes militares de alto escalão.
Uma decisão que pode parecer burocrática, mas que, na prática, soa como um estrondo na geopolítica internacional. Com esse gesto, o Brasil deixa de apenas dialogar com Pequim e se instala de vez dentro do sistema chinês de influência — em um movimento sem precedentes que preocupa aliados e acende alertas.
Historicamente, os Estados Unidos eram o único país a contar com a presença permanente de generais brasileiros. Esse vínculo era mais do que simbólico — refletia uma parceria estratégica construída ao longo de décadas com base em confiança, cooperação militar, intercâmbios tecnológicos e alinhamento democrático.
Agora, ao fincar sua bandeira militar em território chinês, o Brasil rompe essa lógica e sinaliza ao mundo uma nova escolha: aproximar-se de um regime que censura, vigia e persegue seus cidadãos em nome da estabilidade do Partido Comunista.
Seria uma resposta do governo Lula aos EUA?. O governo norte-americano, sob Donald Trump, impôs tarifas de até 50% sobre produtos agrícolas brasileiros e iniciou um movimento no Senado para que a CIA investigue a influência crescente da China no agronegócio nacional. Se o Brasil muda de lado, o preço será alto.
A decisão pegou muitos de surpresa. Apesar da roupagem “diplomática” dada pelo governo. Uma possível “subordinação ideológica” surgem e ecoam claramente.
Generais não são embaixadores. Eles representam o braço armado da soberania nacional. Colocá-los em solo comunista, sob vigilância permanente do regime chinês, é mais do que diplomacia — é risco estratégico.
Mais do que isso, a presença militar brasileira na China pode abrir espaço para uma troca de informações sensíveis, gerar dependência tecnológica e comprometer alianças históricas com potências ocidentais.
O governo Lula insiste em defender a decisão com o argumento de que o mundo mudou e que o Brasil precisa dialogar com diferentes polos de poder. Mas até onde vai essa “multipolaridade”? E em que momento ela se transforma em alinhamento com regimes que se opõem frontalmente aos valores democráticos que o Brasil ainda defende?
Não é sobre comércio. É sobre visão de mundo. Enviar generais à China é mais do que uma manobra diplomática — é uma declaração política.
Essa declaração pode custar caro. Além do risco econômico imediato com os EUA, há o impacto simbólico: o Brasil pode estar se colocando, deliberadamente, do lado daqueles que desprezam liberdades, controlam a informação e impõem obediência ao custo da repressão.
A decisão do governo Lula lança uma sombra sobre o futuro da política externa e de defesa brasileira. Em vez de atuar como mediador neutro entre potências, Lula parece disposto a vestir um uniforme ideológico — e marchar sob novas bandeiras.
O envio de generais à China pode ser apenas o primeiro passo. O próximo movimento, talvez, seja a reconfiguração total da identidade internacional do Brasil — de nação democrática e soberana para satélite obediente de um império autoritário.
A história cobrará sua conta. E ela pode vir mais rápido do que se imagina.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageraltv
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