O episódio é tão escandaloso quanto revelador: após os Estados Unidos revogarem os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, Lula ameaça “retaliar” e cancelar vistos de autoridades americanas no Brasil. Não se trata de diplomacia — é subserviência. Lula não está defendendo o Brasil, mas protegendo a casta togada que hoje governa o país, na prática. Quem manda na República? O povo ou o STF?
Lula age como um mordomo da Corte Suprema. Washington deu um recado duro — que, gostemos ou não, expõe a imagem de um Judiciário autoritário e politizado — e a reação do Planalto é correr para os braços de Moraes e seus pares. O Brasil virou palco de um teatro vexatório: o presidente não governa para os brasileiros, mas para blindar seus aliados.
A ameaça de cancelar vistos de autoridades americanas é uma encenação barata para “mostrar força” interna, mas, no fundo, revela fraqueza. Lula busca defender o STF — sua sobrevivência
A medida americana, embora polêmica, foi um sinal de alerta. Lá fora, não passa despercebida a forma como o STF atua: perseguindo opositores, censurando vozes, prendendo sem julgamento célere. Ao invés de enfrentar o debate, Lula prefere retaliar de forma infantil, transformando a política externa em um campo de vinganças pessoais.
Se a escalada diplomática continuar, os efeitos podem ser devastadores apenas para o Brasil: prejuízos econômicos, entraves comerciais, quebra de confiança em investimentos e isolamento geopolítico. Tudo porque o Brasil prefere defender os privilégios de ministros do STF a pensar no interesse nacional.
Lula sabe que, sem o apoio da Corte, seu governo pode se fragilizar ainda mais diante de denúncias, investigações e pressões políticas. É por isso que ele prefere bancar a retaliação, mesmo que isso nos jogue em uma guerra diplomática sem sentido. Lula não é estadista — é refém de um sistema que o mantém no poder.
A imagem que fica é devastadora: os EUA humilham a elite do Judiciário, e Lula responde com bravata para proteger seus donos políticos. A democracia brasileira não está nas mãos do povo, mas nas garras de um Supremo que se comporta como poder absoluto, e de um Executivo submisso.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageraltv
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