Com eleições se aproximando, líderes políticos locais intensificam articulações para garantir o respaldo do chefe do Executivo macaense – escolha de um pode gerar ruptura entre outros
A corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) já começou nos bastidores da política macaense, e um dos apoios mais cobiçados do momento é o do prefeito Welberth Rezende (Cidadania). Considerado peça-chave nas articulações eleitorais de 2026, o gestor municipal virou o centro das atenções entre os pré-candidatos a deputado estadual da cidade.
Entre os nomes que pleiteiam a benção de Welberth estão o presidente da Câmara Municipal, vereador Alan Mansur (Cidadania), o vereador Cesinha (Cidadania), o atual deputado estadual Chico Machado (SDD), e o secretário municipal de Saúde, Dr. Lucas (PSD). Todos com base eleitoral consolidada na cidade e forte atuação política nos últimos anos.
O apoio de Welberth é visto como estratégico não apenas pela popularidade do prefeito, mas também pela sua estrutura política e capacidade de mobilização dentro e fora da cidade. A definição sobre quem receberá seu apoio direto pode selar alianças ou provocar divisões no grupo que hoje governa Macaé.
Welberth representa uma liderança importante no interior fluminense. Atual presidente estadual do Cidadania. Seu apoio pode ser determinante para consolidar votos na região.
Nos bastidores, aliados e lideranças políticas acompanham com atenção os sinais dados pelo prefeito, que ainda evita declarações públicas sobre quem pretende apoiar. A decisão de Welberth pode levar a uma unidade do grupo político que comanda Macaé — ou, ao contrário, abrir espaço para disputas internas mais acirradas principalmente entre os pré-candidatos e atuias vereadores na cidade: Cesinha (Líder do governo na Câmara) e Alan Mansur (Presidente do Câmara com apoio e articulação do prefeito).
Enquanto isso, os pré-candidatos intensificam agendas públicas, lançam prévias de campanha e buscam apoio de outras lideranças regionais, inclusive em municípios vizinhos.
A expectativa é de que Welberth (que vem observando sem se manifestar) possa se decidir e anuncie oficialmente sua posição após avaliar os cenários partidários, alianças estaduais e o desempenho de seus aliados locais. Até lá, a disputa pelo seu apoio promete agitar os bastidores da política macaense e influenciar diretamente na formação dos palanques para 2026.
Indefinição do prefeito Welberth Rezende em declarar apoio a um nome específico vem alimentando especulações de um possível racha político em sua base de apoio. Nos bastidores, há sinais claros de que a disputa de candidaturas concorrentes dentro do próprio grupo, fragmenta os votos da cidade e enfraquece o desempenho de todos os envolvidos.
Caso não haja uma unificação em torno de um nome, Macaé enfrente um cenário desfavorável nas urnas estaduais de 2026. Se cada um lançar sua candidatura por conta própria, a divisão será inevitável, e os votos de Macaé serão pulverizados.
Essa divisão pode ter consequências diretas: a cidade corre o risco real de não eleger nenhum deputado estadual, deixando Macaé sem voz direta na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O silêncio estratégico de Welberth, embora compreensível no jogo político, pode custar caro à cidade. Com outras regiões se articulando fortemente em blocos, Macaé pode perder espaço e força nas discussões sobre investimentos, infraestrutura, educação e saúde no âmbito estadual.
O que está em jogo não é apenas o prestígio político local, mas a representação institucional de uma das cidades mais importantes do interior fluminense.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageraltv | www.falageral.com.br