“Guerra de Egos entre Cláudio Castro, Rodrigo Bacellar, Washington Reis e Wladimir Garotinho pode abrir caminho para a vitória de Eduardo Paes”
A corrida eleitoral pelo governo do Rio de Janeiro em 2026 já começou — e, ao que tudo indica, os maiores obstáculos para a direita não estão na oposição, mas dentro do próprio campo político.
Cláudio Castro, Rodrigo Bacellar, Washington Reis e Wladimir Garotinho protagonizam uma guerra de egos que pode ter um efeito colateral decisivo: abrir caminho para Eduardo Paes (PSD) chegar ao Palácio Guanabara.
As alianças parecem cada vez mais frágeis. Enquanto Cláudio Castro, por sua vez, cobra espaço e influência, alimentando um jogo de poder que ameaça implodir o grupo. Tenta consolidar sua base para buscar eleger o seu sucessor o deputado estadual Rodrigo Bacellar, atual presidente da Alerj, que não consegue ser contido em suas polêmicas brigas contra Washington Reis e Wladimir Garotinho.
A equação fica ainda mais complicada com Wladimir, prefeito de Campos e filho do ex-governador Anthony Garotinho, que já faz articulações para se posicionar como uma alternativa viável junto a Reis.
Uma desconfiança mútua entre as lideranças bolsonaristas complicou ainda mais com as declarações do ex presidente Jair Bolsonaro em não apoiar Cláudio Castro ao senado e Rodrigo Bacellar ao governo. O que desanda as estratégias de Castro e Bacellar, enquanto Washington Reis teria sinalizado uma possível candidatura em conjunto com Wladimir.
Esse cenário de fragmentação contrasta com a postura estratégica de Eduardo Paes, que vem trabalhando discretamente para formar um arco de alianças com partidos do centro, esquerda e setores do empresariado. A falta de unidade entre os caciques do centro-direita pode entregar a eleição nas mãos do prefeito carioca.
Se eles não resolverem essa disputa interna, Paes vai surfar nessa divisão e pode chegar muito forte ao segundo turno.
Além das vaidades pessoais, há divergências sobre o comando de cargos estratégicos, indicações para estatais e controle de verbas. Em resumo: a guerra não é apenas eleitoral, é também financeira e de influência.
Enquanto isso, no eleitorado fluminense, a sensação é de incerteza. A base bolsonarista, peça-chave nesse jogo, ainda não tem o seu candidato ao governo.
Disputas internas e vaidade política ameaçam unidade da direita fluminense, fortalecendo a estratégia do prefeito carioca rumo ao Palácio Guanabara
Conclusão: se a disputa seguir nesse tom, Eduardo Paes poderá ser o maior beneficiado da “guerra de egos” que pode implodir a direita fluminense.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageraltv